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A ÚLTIMA CRÔNICA DE 2022

  • Foto do escritor: Eliete Carvalho
    Eliete Carvalho
  • 31 de dez. de 2022
  • 5 min de leitura

Atualizado: 8 de abr.


Acordei querendo escrever minha última crônica do ano. Antes, naveguei pelas redes sociais, li as principais notícias, escrevi para os mais chegados amigos, retornei a ler O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, cuidei da casa e das compras de última hora para a chegada do ano próspero. Fiz de tudo um pouco diante do dia corrido, talvez o mais corrido de todos. Penso que também seja a sensação de muitos, pois 2023 está logo ali, batendo à porta e desejando se fazer presente, começar.


Então, enquanto me movimentava pela casa e estava com a atenção voltada para o corre-corre do dia, eu ia, de vez em quando, organizando alguns pensamentos para escrever esta última crônica. Mas o que escrever? A pergunta me rondou quase o dia todo. Não sabia o que, apenas aspirava escrever. Para mim, minha última crônica seria uma despedida à altura de 2022. Um balanço com retrospectivas, talvez, daria conta dessa sensação de que um ano está terminando. É um ciclo que se fecha e outro se abre, com outros sonhos, desejos e esperança renovados. E, mesmo antes que 2022 definitivamente se vá, já estamos em um novo tempo. O amor venceu o ódio. E isso me enche de alegria e paz. E posso aqui afirmar aos leitores desta crônica que foi a melhor coisa que me aconteceu em 2022.


Foi um ano de muitas realizações pessoais. Escrevi um livro, Uma Lagartixa em Minha Casa, escrevi pequenos poemas, participei ativamente pela luta do Piso Salarial dos Professores, fui a programa de rádio, me aposentei, entrei para a Academia Palmarense de Letras e recebi honra ao mérito. Fui intensa. Esta é a palavra que me resume este ano. E um poema que diz muito sobre mim é O Que Escrevo:


Mas digo-lhes:

— O que escrevo é tudo que tenho.

Nunca tive riqueza, ouro ou prestígio.

Assim, vou esvaziando o coração adormecido.

Sem pressa,

Sem grandes pretensões.

Às vezes, incompreendida...

Eu sei. Mas não nasci para ser espelho.

Sou senhora dos meus desejo,.

dona absoluta de mim.


E...um dia sei que não estarei mais aqui.


Nada a oferecer...

Deixarei, apenas, meus versos

incompletos para tu me lês.


É assim que vou me despedindo de 2022, com muito amor, pois acredito que o amor muda a gente e nos transforma em pessoas melhores. Acredito que dois desafios a serem enfrentados perpassam as nossas vidas. E o primeiro grande desafio do novo ano é esse: precisamos construir pontes dentro de cada um de nós. Chega de ilhas, ódio, individualismos, estrelismos e de todos os “ismos” que nos façam retroceder e que nos destruam enquanto seres humanos.


O segundo desafio é com a reconstrução do país. Vamos entrar em 2023 com muitas expectativas. E o novo governo dá o tom do que os brasileiros podem esperar de seu mandato: um Brasil de paz, (re)conciliação, tolerância, respeito às instituições, à ciência, inclusão, igualdade entre homens e mulheres, sem preconceito, sem racismo e sem feminicídio. A pacificação do país é urgente. Sejamos nós os multiplicadores da união, paz e solidariedade.


O ano termina e, por aqui, me despeço com a citação de um poema de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Vivemos o que tínhamos para viver. O tempo é o senhor de tudo, tudo passa. E, sem medo de ser feliz e com o meu coração girassol, continuo. Desejo dias iluminados. Valeu, 2022! Que venha 2023! Estou pronta.


*Eliete Carvalho, Blog Letras& Livros
































Acordei querendo escrever minha última crônica do ano. Antes, naveguei pelas redes sociais, li as principais notícias, escrevi para os mais chegados amigos, retornei a ler “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, cuidei da casa e das compras de última hora para a chegada do ano próspero. Fiz de tudo um pouco diante do dia corrido, talvez o mais corrido de todos. Penso que também seja a sensação de muitos, pois 2023 está logo ali batendo à porta e desejando se fazer presente, começar. Então, enquanto me movimentava pela casa e estava com a atenção voltada para o corre-corre do dia, eu ia, de vez em quando, organizando alguns pensamentos para escrever esta última crônica. Mas o que escrever? A pergunta me rondou quase o dia todo. Não sabia o que, apenas aspirava escrever. Para mim, minha última crônica seria uma despida à altura de 2022. Um balanço com retrospectivas, talvez, daria conta dessa sensação de que um ano está terminando. É um ciclo que se fecha e outro se abre com outros sonhos, desejos e esperança renovados. E mesmo antes que 2022, definitivamente, se vá, já estamos em um novo tempo. O amor venceu o ódio. E isso me enche de alegria e paz. E posso aqui afirmar aos leitores, desta crônica, que foi a melhor coisa que me aconteceu em 2022.


Foi um ano de muitas realizações pessoais. Escrevi um livro “Uma lagartixa em minha casa”, escrevi pequenos poemas, participei ativamente pela luta do Piso Salarial dos Professores, fui a programa de Rádio, me aposentei, entrei para a Academia Palmarense de Letras e recebi honra ao mérito. Fui intensa. Esta é a palavra que me resume este ano. E um poema que diz muito sobre mim é “O que escrevo”:


Mas digo-lhes:

— O que escrevo é tudo que tenho.

Nunca tive riqueza, ouro ou prestígio.

Assim, vou esvaziando o coração adormecido.

Sem pressa,

Sem grandes pretensões.

Às vezes, incompreendida...

Eu sei. Mas não nasci para agradar.

Sou dona de minhas próprias vontades.

Dona de mim.


E...um dia sei que não estarei mais aqui.


Nada a oferecer...

Deixarei, apenas, meus versos

incompletos para tu me lês.


É assim que vou me despedindo de 2022 com muito amor, pois acredito que o amor muda a gente e nos transforma em pessoas melhores. Acredito que dois desafios a ser enfrentados perpassam as nossas vidas. E o primeiro grande desafio do novo ano é esse: precisamos construir pontes dentro de cada um de nós. Chega de ilhas, ódio, individualismos, estrelismos e de todos os “ismos” que nos façam retroceder e que nos destruam enquanto seres humanos. O segundo desafio é com a reconstrução do país. Vamos entrar, em 2023, com muitas expectativas. E o novo governo dá o tom do que os brasileiros podem esperar de seu mandato: um Brasil de paz, (re)conciliação, tolerância, respeito às instituições, à ciência, inclusão, igualdade entre homens e mulheres, sem preconceito, sem racismo e sem feminicídio. A pacificação do país é urgente. Sejamos nós os multiplicadores da união, paz e solidariedade. O ano termina e, por aqui, me despeço com a citação de um poema de Fernando Pessoa: “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Vivemos o que tínhamos para viver. O tempo é o senhor de tudo, tudo passa. E sem medo de ser feliz e com o meu coração girassol continuo, desejo dias iluminados. Valeu 2022! Que venha 2023! Estou pronta.


*Eliete Carvalho_____Blog Letras & Livros

Imagem: google

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