O VERDE E O BRANCO SE FORAM DO GINÁSIO MUNICIPAL?
- Eliete Carvalho
- 8 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de set. de 2021

Tudo começou, em 2010, com a enchente que destruiu um dos patrimônios históricos da cidade de Palmares: o Ginásio Municipal. Sua história, sua tradição, sua cor, sua farda, a partir de 10 de fevereiro de 2020, já não serão mais as mesmas? Estamos em um novo tempo, alguns diriam. Um tempo em que o passado deve ficar no passado? Eis algumas perguntas que merecem respostas. O presente me parece é o que mais importa nesse momento. E depois de 10 anos de espera, então. Enfim, nosso Ginásio Municipal voltou.
A expectativa de vê-lo novamente no seu lugar é grande. Para muitos, o Ginásio é o Ginásio. Reconhecendo, com essa frase, toda luta do passado e colocando-o acima de qualquer conjuntura. Porém, muitos, ainda, estão apegados as suas cores antigas, seus símbolos, sua flâmula, seu cartel, mas isso tudo parece perder o sentido, com sua nova estrutura e sua nova cor das paredes. Chegou a hora de reconstrui-lo. Não dá mais para pensá-lo como há 30 anos. Posso ouvir muitos dizerem que escola não é apenas prédio. Ela é feita de sentimentos e, principalmente, de gente. Gente que preserva suas raízes, suas histórias, sua identidade.
Por outro lado, defendo que o “novo” Ginásio Municipal se projete para o futuro como uma escola pública de qualidade, democrática, participativa e que o ensino atenda aos desafios dos novos tempos, sejam eles: sociais, tecnológicos, ambientais e que promova a inclusão de forma plena. Que o Ginásio seja uma escola de meninos, meninas, dos LGBT's, dos negros, dos deficientes, que, descobrem entre suas paredes – não importa aqui a sua cor – como é fundamental aprender, ler, interpretar e escrever o próprio caminho em busca de seus sonhos e de suas conquistas.
Uma escola de professores valorizados e comprometidos com a formação cultural, científica e cidadã das novas gerações; um patrimônio público onde seus funcionários e gestores se orgulham de colocar para funcionar todos os dias. Espécie de relógio que a cidade carrega no pulso de suas melhores energias históricas. Espécie de coração que Deus quer como símbolo de Palmares.
Hoje começa uma nova história. Acreditamos que ela será bem-vinda e se somará a sua história e tradição. O prédio é novo, sua cor é nova, seus móveis são novos, porém, nada, nada, apagará ou arrancará de nós o sentimento de sermos Eternamente verde e branco. A memória não morre nunca.
#Somos todos Ginásio Municipal!
Eliete Carvalho ____Blog Letras e Livros

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