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Um Presidente machista

  • Foto do escritor: Eliete Carvalho
    Eliete Carvalho
  • 29 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de mar. de 2020


“Ela queria um furo, ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”, disse Bolsonaro, aos risos. Essa fala foi divulgada em uma coletiva de imprensa, pelo presidente da República, referindo-se à jornalista Patrícia Campelo Melo (Folha de São Paulo), estando ela no exercício de sua profissão. Esse tipo de insinuação sexual não só desrespeita as mulheres como também viola os Direitos Humanos. Mas o que esperar de um energúmeno? A não ser as suas aberrações constantes.


Todo mundo sabe que não é de hoje os ataques ofensivos de Jair Bolsonaro contra as mulheres. Presenciamos todos os dias, em seus discursos, a disseminação do ódio, do preconceito e da misoginia na tentativa de calar as suas vozes e de oprimi-las. Parece até que já se naturalizou. Ninguém mais estranha seus disparates na mídia. E o pior disso tudo, é saber que se tem público para isso, inclusive, mulheres que aplaudem e vibram com os seus destemperos e as suas atrocidades.


Em um país extremamente machista, a fala do presidente da República termina servindo de “exemplo” para muitos outros homens que se acham no direito de assediar, violentar, agredir (verbalmente e fisicamente) e até mesmo matar mulheres, porque têm se alimentado com os seus discursos violentos e misóginos. Eles vão achar que podem também. E as estatísticas estão aí mostrando que a violência contra as mulheres só cresce a cada ano. E ele (o presidente) nada tem feito para diminuir os altos índices de feminicídio, pelo contrário, tem incentivado cada vez mais a violência abertamente nos meios de comunicação.


O seu comportamento, nada educativo, típico do homem “machão”, filhote do patriarcado, que nunca aprendeu a conviver com as diferenças, tem deixado cada vez mais o movimento das mulheres enfraquecido. Isso porque enquanto elas estão lutando pelo direito de viver, de sonhar, de ser livre e de ter direito iguais, tem-se no poder um presidente extremamente machista que viola a própria lei do país e ataca as mulheres sem nenhum pudor. Nunca na história desse país um presidente feriu tanto a democracia como esse que aí está.


Tudo isso era previsível. Quem não sabia? Desde a campanha política que ele vem agredindo as mulheres, só cego que não quis ver. Quem não lembra quando ele discutiu com uma repórter e repetiu a frase “Tô cagando pra você”, mostrando todo o seu despreparo psicológico e agindo como um verdadeiro pulha. É triste ver um presidente sem noção no poder. Tudo que ele quer mesmo é destruir o país, prega, por exemplo, fechar o Congresso Nacional incitando a luta armada. Quer um estado mínimo e não reconhece, em hipótese alguma, a luta das mulheres.


Políticas públicas para as mulheres, no governo do Bozo, não existe. É visível o retrocesso. Enquanto isso, as mulheres, além de terem de enfrentar todo tipo de preconceito e misoginia na sociedade, ainda, precisam lutar contra um presidente machista que as vê como invisíveis, excluindo-as do direito de ter direitos, inclusive, o de lugar de fala e o de escrever as suas próprias histórias, totalmente livres das amarras e das garras do patriarcado perverso que menospreza, humilha, agride e mata mulheres.


# O Dia Internacional da Mulher se aproxima. E o que se tem? Um machista no poder. Até quando?

#Fora, Bozo!


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