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É 38 NA CABECINHA

  • Foto do escritor: Eliete Carvalho
    Eliete Carvalho
  • 31 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

Pasmem. Quando a gente pensa que já viu de tudo e muito mais sobre as atrocidades e os retrocessos do Excelentíssimo Sr. Presidente da República perante o povo brasileiro, eis que ainda muita está por vir. A mais nova investida do governo é a criação do Partido Aliança pelo Brasil, que tem como presidente o próprio presidente e, como vice-presidente, o filho Senador. Tudo em família. Até aqui nada demais, alguns diriam. Criam-se partidos ou mudam-se de partido o tempo todo. Um a mais ou a menos, que diferença faz?


O problema não é o novo partido. É o que ele vai representar como filosofia, ideologia. Ou seja, o que o partido vai oferecer ao país. Não resta dúvida de que boa coisa não é, principalmente, vindo de quem vem, do presidente da República. Que todo mundo já sabe quais são os ideias de país defendido por ele. Os piores possíveis. Os pobres, os pretos, os professores, os LGTBS, a mulher, os índios, são excluídos de sua plataforma de políticas sociais. Imaginem criar um partido para endossar o preconceito e a misoginia. E, ainda, defender o armamento. Pois bem, alguns fundamentos já estão claros, vamos a eles:


  • O partido Aliança pelo Brasil tem as cores verde e amarelo em alusão à bandeira do Brasil;

  • O número do partido é o 38, em uma breve associação com uma arma de fogo, ou seja, ao revolver de calibre 38;

  • O logotipo (marca/símbolo) do partido também está ligado à bala;

  • O partido faz referência a Deus e à família (homem/mulher);O partido condena o aborto e a ideologia de gênero;

  • O partido será centrado no patriotismo, valorizando os valores tradicionais, ou seja, defenderá os brancos, os ricos, "os cidadão de bem",O partido repudia o socialismo e o comunismo, e os defensores já falaram em exterminar/assassinar os opositores.


Aqui, estão alguns dos pilares que vão sustentar o Aliança pelo Brasil. E se você prestou atenção, bem direitinho, percebeu que o partido vai falar em nome de Deus e da família, mas, diga-se de passagem, será a família tradicional - aquela só constituída de homem e mulher. Qualquer outra formação de família, não terá vez nem voz, muito menos, política pública. Observe que o enfoque religioso será a tônica de sua mensagem. Mas como assim? Como Deus pode está atrelado a quem faz apologia ao armamento, ao crime? Deus defende arma? Deus mata com arma de fogo? Está claro que o partido usará o nome de Deus em vão para alienar o povo.


Com todas essas referências, podemos afirmar que será o Partido da Morte. Os gestos, a mensagem, a defesa das armas, certamente, estimularão a matar mais do que já se mata nesse país, principalmente, se "os cidadãos de bem" estiverem empoderados pelo novo partido. As mulheres serão as maiores vítimas. Já que elas são as vítimas do patriarcado e do machismo. Palavras tão bem apreciadas pelos os "homens" desse partido. É isso o que o Aliança pelo Brasil vai oferecer aos brasileiros: a morte.


Sim! A morte. O brasileiro já está sofrendo com o desmonte das políticas públicas, com cortes de salários, com o desemprego, com perdas de direitos trabalhistas, perdas na aposentadoria, se ele não morrer de fome, morrerá de bala, seja de bala perdida ou bala mirada bem na cabecinha. Essa é a grande mensagem desse partido que chega para exaltar o conservadorismo exacerbado e tirar a paz, principalmente, dos menos favorecidos. Sem falar que toda política econômica pautada nesse partido é nefasta, excludente, ultra neoliberal, ou seja, defende o livre comércio. Isso, na prática, significa vender todo nosso patrimônio, como já está acontecendo com a Petrobrás. O neoliberalismo negociará, inclusive, a nossa Amazônia. Aqui, os pobres não terão vez. Salve-se quem puder.


É 38 na cabeça. Tem alguma dúvida ainda?.







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