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ALGODÃO DOCE

  • Foto do escritor: Eliete Carvalho
    Eliete Carvalho
  • 31 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jan. de 2020


Acabo de ler o conto ALGODÃO DOCE ROSA. A história escrita pelo prof. palmarense Vilmar Carvalho nos convida a conhecer as condições de vida de um simples vendedor de algodão. O conto traz, como personagem principal, Juvenal. Um homem que vende algodão doce e alegra não só as crianças como os adultos com a sua iguaria. E com sua carrocinha verde e amarela chama atenção por onde passa. Ele se diz "patriota de verdade". Até parece que repete o que ouve em propagandas políticas. As cores de sua carrocinha são simbólicas, mas expressa o sentimento de Juvenal diante de um homem de um pequeno negócio.


Juvenal é elogiado pelo Clube de Diretores Lojistas como um exemplo de empreendedorismo, mas nada se sabe sobre ele. Sabe-se, apenas, que é um homem de meia idade e que vende algodão doce rosa de tempos e tempos, ou seja, só no verão. O resto do ano, Juvenal, desaparece. Como assim? O conto leva a entender que Juvenal exerce outras atividades que o deixa ainda mais invisível.

O que chama atenção, no conto, é as condições em que Juvenal vive. Em situação de pobreza extrema, mas mesmo diante da precariedade, ele parece não reclamar da vida. É um homem disposto, acorda cedo e sai para labutar como se não sentisse o peso da sua invisibilidade.


Juvenal só é importante e lembrado quando está vendendo o algodão doce rosa. Ninguém lembra dele, no inverno, por exemplo. Nem tampouco conhece sobre sua história ou sua vida. Mas uma coisa é certa: Juvenal tem uma memória extraordinária. Ele é a memória viva da cidade. A cidade pouco lembra de Juvenal, mas ele, ao contrário, sabe tudo do presente e do passado de sua gente e de sua história.


Amei o conto. Leitura Recomendada.


Eliete Carvalho

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