Copacabana
- Eliete Carvalho
- 31 de mai.
- 1 min de leitura

De repente,
do verso fez-se o poema
pela Orla de Copacabana —
um mar infinito de poesia.
Ele recita versos ao improviso,
colhidos no instante,
enquanto busca a estátua
de Drummond, o poeta de Itabira.
De mãos dadas com a musa,
Percorre o calçadão,
colecionando memórias, paisagens, pessoas...
num verso que nunca termina.
Cansado da busca,
Ouve o conselho do mar:
— Deixe o poeta pra lá!
Copacabana já te deu o essencial:
o poema que nunca escreveste.
Ele, enfim, compreende:
o poema não era sobre Drummond.
Era sobre o mar, majestoso,
eterno em seu recomeçar.
Eliete Carvalho ______Blog Letras & Livros



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